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Geraldo Vasconcelos

O HOMENAGEADO

          Natural de João Monlevade, é filho dos guerreiros Onofre José e Noeme Vasconcelos José e irmão mais velho de Aparecida; Delza; Deisde; Ronildo; Romildo; Ronivaldo; Rômulo; Flávio e Marli, que é a irmã mais velha, por parte de Pai. É casado, há 35 anos, com Giselda Rodrigues Vasconcelos; Deles, os filhos Artur, Lucas, Gabriel e Juliana; É Cunhado de Maria do Carmo Rodrigues, a quem ele considera como irmã. Estudou música na Fundação Artística – BH; Didática de Coro Infantil com a Maestrina Dulce Primo – Curitiba; Regência com os Maestros Carlos Alberto Pinto Fonseca – Ars Nova - UFMG; Marco Antônio Silva Ramos e a Maestra Suzana Cecília Igayara – USP; Regência coral na UFMG/CEM; Violino, no Conservatório Estadual de São João Del Rey. É regente do Madrigal Roda Viva; do Coral do Projeto Roda Moinho, Coral Veritas de Carandaí e Professor do Curso de canto Coral no Projeto Faço Arte da Prefeitura

de Conselheiro Lafaiete. É membro fundador da ABRACO – Associação Brasileira de Regentes e Corais. Está Presidente - Comissão de reorganização da FEMICOR - Federação Mineira de Coros. Participou e participa de diversos eventos nacionais e internacionais, no Brasil e exterior, regendo concertos com acompanhamento de Orquestras Sinfônicas e artistas como o pianista Artur Moreira Lima; Grupo Chá de Caboclo de Mariana e Orquestra Sinfônica da Polícia Militar de Minas Gerais. Está Presidente interino do Conselho de Políticas Culturais de Conselheiro Lafaiete. Considera a vivência com seus cantores, educandos e as múltiplas plateias, a sua maior escola e entende que a música coral traz importantes referências para a coletividade e pode, através da sua estrutura de funcionamento, cooperar para a edificação de uma sociedade justa. (Cantores do Madrigal Roda Viva)

         É muito bom ter sido testemunha e, mais que isso, ter presenciado e orientado o crescimento musical de uma pessoa diligente, determinada, bem dotada e de conteúdo humano rico e saudável como o Geraldo Vasconcelos. Lá pelos idos de 1983, 84, aparece-me, no Coral Monlevade um jovem que queria cantar, mas antes, queria estudar música. Foi assim que começamos. A aplicação dele era notável. Certa tarde-noite, pouco antes do horário da aula, caiu na cidade um temporal fortíssimo, de tal forma que duvidei em tirar o carro da garagem para ir à aula. Duvidei, mas concluí: “O Geraldo vai”. E quando, em meio ao aguaceiro e ventania, cheguei, lá estava ele. Esse fato ilustra o perfil desse moço: obstinado e claro em seus propósitos. Dentro do coral, exerceu sempre espírito de liderança, participativo e proativo. Quando se mudou para Conselheiro Lafaiete, não tive dúvidas de que faria um trabalho de qualidade. Algumas vezes, nos primórdios de sua carreira, com meninas e meninos do Colégio Imaculada, tive o prazer de ser convidado por ele para dar um incentivo e fiquei maravilhado com o que vi e ouvi. Realmente, estava se delineando um formador de conceitos, um líder eficiente que acabou sendo, como hoje se reconhece, um promotor da arte coral em Conselheiro Lafaiete e influenciador a nível de estado e país.  (Luciano Mendes lima, Maestro e compositor) 

         O maestro Geraldo Vasconcelos é uma dessas raras almas que transbordam sensibilidade e amor pela música, capaz de cativar corações e transformar destinos. Eu fui uma dessas pessoas privilegiadas por ter cruzado o seu caminho. Aos onze anos, conheci Geraldo como meu professor de Educação Artística no colégio Nossa Senhora de Nazaré. Desde o primeiro encontro, a identificação foi imediata. Em suas aulas, testemunhávamos a paixão e alegria com que se dedicava à música. Embora já tocasse piano desde os cinco anos, foi sob sua regência que tive os primeiros vislumbres de seguir a música como profissão. Hoje, ao celebrar duas décadas como harpista e cantora à frente do Trio Amadeus, sei que devo a ele não apenas os ensinamentos musicais, mas também a inspiração para perseguir meus sonhos. Geraldo não apenas ensina música, ele a vive e a compartilha com uma generosidade que transforma vidas. Sou eternamente grata por tê-lo como meu mentor e guia nesta jornada musical. (Marcelle Chagas, Trio Amadeus – Cantora e multi-instrumentista).

Geraldo Vasconcelos, Madrigal Roda Viva nas voltas do coração

                                                                                                 Paulo Antunes

      O homenageado do XXII FACE (Festival de Artes Cênicas de Conselheiro Lafaite) é natural de João Monlevade, mas lafaietense de corpo e alma. Quando o talento fala mais alto na carne e no espírito, homem algum foge de seu destino. E nessa encantada sina estão tatuadas as lembranças do menino que ouvia o pai com os amigos tocarem instrumentos e cantarem em noites de lua gorda, partida ou minguada... A vida é bela quando a infância se equilibra em notas musicais.

     Passarinho arisco, filhote das Comunidades Eclesiais de Base – CEBs – e do meio operário, aprendeu cedo a importância de valorizar a igualdade e no coração guardou a ideia de que “somos todos fio de um mesmo tecido”. E isso é harmonia, afinação... é o maestro maior que se aprimorou em regência coral no Conservatório Estadual de São João Del Rey, na UFMG, na FUNARTE.  É quem deu à luz a muitas vozes e a musicistas que se espalham pelo Brasil em voos altos com sabor e cheiro de Lafaiete. Então, os louros a ele que artesanou seu melodioso ninho com a soprano Giselda Rodrigues.

     Brilhante, negra... sua pele: seu cartão de visita; de Lafaiete, cartão postal. Canto bom, voz afinada, talento musical são inseparáveis amantes da raça negra, forte: África em eterno romance com o Brasil. Vasconcelos se orgulha dessa descendência sonora, digna. Nos gestos comedidos ou arrebatados, eleva até às alturas inacessíveis as vozes do Madrigal Roda Viva. Bom arqueiro, acerta a flecha no ponto exato onde a música se revela estrela, ondas de mar, flores raras, céus com promessas de trompetas.

    Maestro, ensina-nos essa coragem de lutar contra as tempestades de nãos que sempre afiam os dentes frente à Arte; aplica em nossas veias essa garra, essa sabedoria atávica da alquimia de converter fonemas em línguas ternas a lamber nossos ouvidos para o brilho de nossos olhos insinuar delícias ao coração. Se em suas primeiras noites enluaradas já fora seduzido por polifonia musical em equilíbrio, seja até na eternidade esse ser/estar entre nós – the show must go on!

   Sabemos do rio onde navega com os olhos voltados para um amanhecer de

madrigais, águas aquietadas, águas em fuga tormentosa ... Jornada para além dos morros das Geraes, na mesma jangada com Milton, Elis, Paulo Fortes, Dolores, Maria Lúcia Godoy, Emílio Santiago, Nat King Cole, Montserrat Caballé, Nicolai Ghiaurov... Segue seu destino de homem da música, maestro da vida, e dia a dia nos torne a existência menos pesada com o canto do Roda Viva a rodar... para Cecília Meireles ousarmos parafrasear: “Eu canto porque o instante existe e a minha vida está completa. Não sou alegre nem sou triste: sou “Maestro”.

Madrigal Roda Viva

25 anos de história

      Fundado em setembro de 1998 por músicos amadores de diversos segmentos da comunidade de Lafaiete, com propósito de praticar e divulgar a música coral, propiciar entretenimento de qualidade, contribuir para o surgimento de novos talentos na regência e no canto e contribuir para a evolução cultural do Município e região.

      Sua história registra participação em eventos nacionais e internacionais no Brasil e exterior; e programas de TV e Rádio. Tem atuação destacada em cidades que fazem parte do "Caminho do Ouro" / Estrada Real.

      É responsável pela organização do “ENCANTA LAFAIETE”, Festival Internacional de Corais, que traz à região, a vivência cultural de outros povos, representados por conjuntos corais de excelência, nacionais e internacionais.

      Realiza audições didáticas em escolas, centros comunitários, empresas, hospitais, repartições públicas e em todos segmentos dos poderes Judiciário, legislativo e executivo. Com frequência recebe convites para participar de eventos corais na Europa e nas Américas. 

      Seu repertório contempla a música brasileira setecentista à contemporaneidade, com ênfase na música de Minas Gerais, além de incursões na música erudita europeia.

     Participa de diversos projetos, entre os quais: “ARTE E EDUCAÇÃO ATRÁVES DA MÚSICA – Ministério da Cultura; e “EDUCAÇÃO MUSICAL E CAPACITAÇÃO CORAL – Funarte / Governo Federal e Museu da Música de Mariana”, quando realizou diversos concertos na região do Alto Paraopeba.

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