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Graça Lemos

A HOMENAGEADA

Graça Lemos, criança de coração em êxtase

Paulo Antunes
Professor universitário, ator, escritor, mestre em Letras

          Há gente que vem ao mundo com a sabedoria impregnada no olhar e por isso não fala muito, mas observa bastante. Mulher de talentos múltiplos, fé gigante e amor infinito pelas artes (em especial, o teatro), Graça Lemos – Gracinha –, é desses seres mutantes que se renovam e rejuvenescem o mundo com poucas palavras e muitas ações. Quem não a conhece não sabe da humanidade que sua vida expande em tudo e todos.
        Advogada, atriz, cantora, amiga... Tudo isso é pouco para se enxergar nessa menina grande, de riso solto, o bom humor contagiante, os gestos suaves que desenham amenidades e as gentilezas raramente palpáveis nos embrutecidos dias da nossa modernidade. Em Gracinha lemos o quanto de melhor seria a vida se essa forma toda especial de vivê-la fosse qualidade em todos nós. E lemos mais: lemos que a vida não é essa complexidade que os homens fazem dela, basta ter visão divina para enxergar.       

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          Este ano o FACE (Festival de Artes Cênicas de Conselheiro Lafaiete-MG) terá um gosto especial, gosto da comida saborosa de Gracinha que emprestará seu nome ao troféu e, como nos anos anteriores, estará à frente da organização fazendo o possível e o impossível para que tudo ocorra como um grande espetáculo, uma comédia gostosa de se viver, um pedaço de carne de panela capaz de deixar a boca cheia d´água...

          Sabemos que grandes festas se fazem mais brilhantes quando os homenageados nelas são mais que humanos: são as promessas que, ora e outra, o coração humano inventa para si e seu entorno com a fome voraz de ver este mundo em flor, desertos verdificados, rios e mares convidando a um mergulho na sagração das boas novas que tanto o espírito humano almeja.

          Gracinha leva extremamente a sério o poeta: “... é preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã”, consequentemente tudo que toca vira ouro, ou prata, ou pedra preciosa para fortalecer a esperança na vida, no ser humano, pois até seus dias nublados têm um sol radiante para inaugurar auroras.

           E assim vai essa mulher menina, amiga das horas, se fazendo de madrinha de esperanças, mãe de quem está só, porto seguro, nau mergulhada em mar saudando até o mistério das profundezas e vendo nele, com seu olhar brilhante, formas novas de se renovar e reinaugurar o lado bom das coisas, sejam elas o que forem, pois também por outro poeta ela sabe que “outros outubros virão, outras manhãs, plenas de sol e de luz”. Salve, Gracinha. 

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